Riscos do uso de plantas medicinais

Frequentemente fazemos uso de plantas medicinais para tratamento de sintomas simples, como cólicas, dores de cabeça e até mesmo ressaca.

É comum pessoas dizerem que o que é natural não faz mal, mas será que essa é uma afirmativa correta?

Não é recente o uso de plantas para tratar alguns problemas de saúde. Mesmo antes da colonização, os índios já utilizavam vegetais na forma de infusões e chás.

O conhecimento tradicional dessas populações foram sendo transmitidos e hoje não há uma pessoa que não conheça pelo menos uma planta utilizada com função medicinal.

Entre as plantas mais utilizadas, podemos citar a camomila, o boldo, a carqueja e a erva-cidreira.

Diante da grande variedade de plantas usadas pela população, podemos considerar poucos os estudos que tentam verificar se realmente elas possuem algum poder de cura e quais os riscos da sua utilização.

Algumas possuem suas funções comprovadas, como a carqueja (Baccharis trimera), que é indicada para combater principalmente problemas hepáticos e do sistema digestório, além de ter efeito analgésico e anti-inflamatório. 

Apesar de sua eficácia comprovada, a carqueja, assim como diversas plantas, também possui substâncias tóxicas.

Ela, apesar de possuir baixa toxidade, em altas doses pode desencadear diversos problemas, incluindo aborto em mulheres grávidas.

É importante destacar que o uso de plantas medicinais, além de não terem seu poder de cura comprovado, são apontadas como mutagênicas (causam mutações) e até carcinogênicas (provocam câncer).

Cuidados na escolha e uso de plantas medicinais

O confrei (Symphytum officinale), por exemplo, já é apontado em pesquisas como possuidor de alcaloides que possuem ação carcinogênica e, por isso, não deve ser utilizado.

Além disso, muitas plantas podem causar dores abdominais, irritações intestinais e abortos quando utilizadas de forma não adequada.

Dentre as plantas abortivas, podemos citar a babosa (Aloe arborescens), melão-de-são-caetano (Momordica charantia) e arruda (Ruta graveolens).

É por esse motivo que mulheres grávidas devem evitar ao máximo o consumo de qualquer tipo de chá.

Apesar de serem uma solução mais barata para alívio de alguns sintomas, devemos ter sempre em mente que algumas plantas não tiveram sequer estudos a respeito de sua toxidade.

Vale lembrar também que a grande diferença entre um remédio e um veneno está na dose.

Sendo assim, todo consumo de substâncias naturais deve ser regrado, pois exageros podem desencadear reações desastrosas.

Além disso, a mistura de diversas plantas medicinais pode também gerar reações imprevisíveis.

Apesar de diversas substâncias apresentarem efeito benéfico, o ideal é procurar seu médico diante de qualquer sintoma desagradável.

Além de indicar um medicamento correto, ele poderá averiguar as causas do sintoma apresentado.

Lembre-se de que o diagnóstico precoce é essencial para o tratamento de diversas patologias.

Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/saude-bem-estar/riscos-uso-plantas-medicinais.htm